O caminho percorrido para transformar um dado em conhecimento é longo. Para um entendimento simples, os dados são uma seqüência de símbolos. Pode ser expresso em números, letras, palavras, desenhos, porém são desprovidos de significados. A informação é um dado provido de significado, já nos diz algo e tem contexto, já se agregou valor ao dado, enquanto o primeiro é puramente simbólico o segundo tem significado. Dados e informações podem ser armazenados, manipulados e processados pelos computadores. Com o conhecimento isto não ocorre. O conhecimento é algo pessoal, vivenciado por alguém. Não pode ser armazenado nem processado por computadores. Só pelas pessoas. Ainda há a competência, que é conhecimento em ação, é inteligência, proficiência, sabedoria, reaplicação do conhecimento. Cabe ressaltar que o conhecimento pode ser um diferencial competitivo, mas se ele não for utilizado com competência, perde seu valor.
Transformar dado em conhecimento!
Comunidades de Prática (CoP)
Dentre as técnicas aplicadas pela Gestão do Conhecimento, tem-se as "Comunidades de Prática" (CoP) que consiste na formação de grupos de discussão, sendo os envolvidos voluntários. Este é um dos caminhos para que o conhecimento seja difundido e organizado, proporcionando a multiplicação desse conhecimento dentro da organização. O papel da Gestão de Pessoas ou do Gestor do Conhecimento é proporcionar condições para que esses grupos se consolidem e tragam resultados positivos para a organização, no que diz respeito principalmente à criatividade e inovação.
O simples fato das CoP existirem, não faz com que o conhecimento seja organizado de forma a ser aproveitado pela organização. Dependerá da capacidade da organização de gerenciar esse conhecimento, transformando-o em algo tangível para o mercado, como novos produtos, novos serviços.
A Gestão do Conhecimento é uma ciência em constante evolução
A G.C. é uma ciência em constante evolução, e que cada vez mais migra do ambiente acadêmico para o mundo dos negócios. Além de ser uma área interdisciplinar, com o envolvimento de ciências cognitivas, da educação, da informação, da administração, tecnologias de gestão, tecnologias de informação e de comunicação ela também permeia a aprendizagem organizacional, a gestão de mudanças, melhores práticas, modelagem de processos, gerenciamento de riscos, benchmarking, gestão de times e gestão por competências, enfim, fica evidente que a Gestão do Conhecimento deve fazer parte de uma "Gestão Estratégica".
6) CONCLUSÃO - Sustentabilidade
O problema não é novo, das inúmeras vezes que o tema “extração de areia no rio Itajaí-Açu” já foi abordado, pode-se citar a audiência pública na Câmara Municipal em setembro de 2003, que voltou a ocorrer numa quarta-feira, 06 de julho de 2005, na mesma Câmara Municipal de Blumenau. Nesta última sessão, o autor do requerimento, vereador Ângelo Roncáglio (PPS), chegou a sugerir a cassação do alvará de uma das empresas cujo proprietário se fazia presente. Denúncias de desrespeito à lei também pontuaram a sessão. Neste encontro ficou decidido que seria formada uma comissão de trabalho para discutir o assunto e chegar a um consenso sobre “uma melhor solução”.
Olhando-se para o aspecto de espaço socioambiental, verifica-se que a bacia do rio Itajaí-açu como um todo sofre diversos ataques. Poluição de rejeitos químicos das indústrias, rejeitos sólidos e líquidos do esgotamento sem tratamento do vale do Itajaí, e como se não bastasse o assoreamento dos leitos dos rios por empresas que são autorizadas legalmente a exercer a atividade de extração de areia.
Fica evidente que há sim a troca econômico-ecológica desigual, pois os custos ecológicos não se manifestam em nenhum dos preços dos produtos: areia, esgoto ou água tratada; gerando dessa forma uma desvantagem ecológica para os municípios que dependem do rio. Os únicos que “ganham” com esse tipo de atividade são os proprietários das empresas extratoras.
O assunto é preocupante, a sociedade deve entender claramente a diferença entre preço do produto e custo ambiental para que se possa fazer pressão contra essas empresas extratoras, e, em se havendo proibição temporária de extração, tenha a consciência de pagar um preço maior por uma areia que venha de outra região. O grande problema novamente é que a areia é a base para a construção civil, neste caso o aspecto financeiro sobrepõe os interesses da natureza.
Conclui-se dessa forma, que há poucas ações visando à sustentabilidade da bacia hidrográfica do rio Itajaí-açu, ou seja, não há preocupação dos governantes e pouca ou quase nenhuma pressão é efetuada pela sociedade visando minimizar a atividade predatória das empresas extratoras de areia.
1) ESPAÇO SOCIOAMBIENTAL E TROCA DESIGUAL - Sustentabilidade
2) ECONOMIA ECOLÓGICA - Sustentabilidade
3) TROCA ECONÔMICO-ECOLÓGICA DESIGUAL - Sustentabilidade
4) ESPAÇO SOCIOAMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE - Sustentabilidade
5) PREÇO DE MERCADO E TROCA SOCIOECONÔMICA-ECOLÓGICA DESIGUAL - Sustentabilidade
MONTIBELLER F, G . Espaço Socioambiental e Troca Desigual. InterTHESIS –Revista Internacional Interdisciplinar Intertheses, PPGICHUFSC (disponível em http://www.interthesis.cfh.ufsc.br/interthesis2/index_port.html), 2004.
5) PREÇO DE MERCADO E TROCA SOCIOECONÔMICA-ECOLÓGICA DESIGUAL - Sustentabilidade
Combinando, portanto, os dois enfoques, aquele que enfatiza os diferenciais de produtividade e de salários, com o que trata da problemática ambiental - não absorção do desgaste ambiental e do valor econômico dos bens e serviços da natureza pelo sistema de preços - tem-se a troca econômica desigual no sentido social e ambiental, isto é a troca desigual plena. São esses dois elementos combinados, ou esta troca eco-ecodesigual, que explicam o baixo preço relativo dos artigos produzidos pelas economias pobres - e, em grande parte, a pobreza destas. (MONTIBELLER, 2004, p.12)
Conclui-se que a troca desigual total se dá pelo empobrecimento monetário de um lado, com a venda dos produtos e serviços a baixo preço e com conseqüente desgaste e exaustão ambiental.
4) ESPAÇO SOCIOAMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE - Sustentabilidade
Entende-se que a sustentabilidade não deva ser vista isoladamente, mas num contexto de espaço socioambiental, isto porque a sustentabilidade de uma área geográfica por si própria não depende unicamente dela, ou seja, outras áreas geográficas podem interferir em sua sustentabilidade.
De acordo com Montibeller (2004, p.9) o conceito de espaço ambiental é “[...] a área geográfica onde uma economia se abastece de recursos do meio ambiente e onde deposita seus rejeitos [...]” Entende-se dessa forma que um espaço socioambiental é uma área geográfica que pode extrapolar as fronteiras clássicas de divisas ou políticas, e ainda que um espaço ambiental possa ser influenciado por inúmeros agentes.
Desta forma, segundo Montibeller (2004) a sustentabilidade ecológica de um produtor qualquer deve ser vista de forma holística com todo o seu espaço socioambiental e não apenas o seu local de produção.
3) TROCA ECONÔMICO-ECOLÓGICA DESIGUAL - Sustentabilidade
Montibeller (2004) sugere em seu artigo o conceito de troca desigual total como sendo a junção do conceito de troca socioeconômica desigual com o conceito de troca econômico-ecológica desigual. Para melhor entendimento, a troca socioeconômica desigual é um mecanismo pelo qual um dos entes envolvidos na troca sai em desvantagem, ocorrendo o empobrecimento de um em detrimento ao enriquecimento de outro. Já a troca econômico-ecológica desigual visa o entendimento de que geralmente os custos ecológicos não se manifestam nos preços dos produtos, gerando dessa forma uma desvantagem ecológica com o ente que desgastou o recurso ou ainda ficou com os resíduos poluidores.
Para minimizar essa troca econômico-ecológica desigual, vários ambientalistas sugerem que a pressão pública se faça presente para que os preços passem a incorporar cada vez mais os custos ecológicos. Fica evidente que essa alteração não ocorrerá de forma instantânea ou natural, mas se dará de forma lenta e progressiva, haja vista que essa é uma realidade que começa e emergir na nossa sociedade do conhecimento.
2) ECONOMIA ECOLÓGICA - Sustentabilidade
Os estudos centrados no conceito apresentado são relativamente recentes, pautados sobre as leis da termodinâmica e sobre a lei da entropia, sendo que a transformação de uma matéria exige outras matérias além de dissipar energia para que a transformação ocorra. Com base nesses princípios é possível mensurar o crescimento entrópico.
1) ESPAÇO SOCIOAMBIENTAL E TROCA DESIGUAL - Sustentabilidade
Principalmente com a massificação e solidificação da globalização fica cada vez mais evidente que o escopo das negociações é muito mais do que tangível (financeiro), há também questões intangíveis; que se referem à qualidade ambiental na era do conhecimento.
A maioria das organizações de hoje, procuram aperfeiçoar a gestão operacional, a gestão de clientes e a gestão da inovação, mas há também uma crescente preocupação com a gestão dos processos regulatórios e ambientais (sustentabilidade). Além de investimentos maciços em tecnologia da informação e comunicação para melhorar a eficiência tanto da comunicação interna quanto externa, as organizações adotam medidas e posturas ambientais que favoreçam e permitam que continuem operando de forma contínua e sistêmica.
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