Gestão do conhecimento é ainda mais importante durante turbulências

Gestão do conhecimento é ainda mais importante durante turbulências

Para consultora, empresas devem criar ambiente favorável ao compartilhamento de informações

10.02.2009 - 16:49

Redação

A gestão do conhecimento é ainda mais necessária neste período de turbulência financeira global. Nesse sentido, as empresas devem criar um ambiente favorável ao compartilhamento de informações e que estimule a criatividade, propõe Rose Mary Juliano Longo, diretora da consultoria especializada em estratégia empresarial Transk e coordenadora da pós-graduação em Gestão Estratégia do Conhecimento do Senac-SP.

“A estratégia de mobilização de capital intelectual é muito mais importante do que antes. Quando a maré está calma, ninguém se preocupa. Agora é a hora de garantir que as pessoas tenham condições de criar para crescer”, comenta Rose Mary, que participou nesta terça-feira do comitê de Gestão de Pessoas da Amcham-São Paulo.

De acordo com ela, o modelo de liderança hierarquizado – de ordens de cima para baixo – é ultrapassado porque as companhias precisam se renovar constantemente para oferecer produtos e serviços competitivos e manter suas atividades. “Hoje, o caminho é a formação de redes colaborativas, o uso do conhecimento de todos como insumo estratégico da organização. Deve-se potencializar a inteligência coletiva”, comenta.

Para Rose Mary, o diferencial não está mais no acesso às informações, mas no uso que se faz delas, gerando valor agregado. As principais orientações da consultora são:

• Garantir bom clima organizacional: somente nesse cenário, os colaboradores ficam à vontade para trocar experiências e transmitir suas bagagens de conhecimento; caso contrário, a tendência é de introspecção.

• Remuneração condizente: os funcionários precisam de um incentivo adicional para mudar suas culturas e participar mais da construção do negócio. A empresa não pode exigir cada vez mais sem contrapartida.

• Missões e valores claros: os colaboradores têm que se identificar com a companhia.

• Comunicação da estratégia: é preciso sempre informar as metas a todos.

• Orçamento no tamanho certo: os recursos devem estar sempre vinculados ao planejamento. Isso parece óbvio, mas muitas vezes as empresas cometem equívocos neste sentido.

Rose Mary finalizou sua apresentação explicando que não basta apenas ter boas idéias. “A grande dificuldade das empresas está na execução dos novos planos e isso só acontece derrubando paradigmas, velhos mitos.”

Com Agência Amcham
http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/47001_48000/47242-1.html

MAKE Award Brasil 2009

O Prêmio MAKE – Most Admired Knowledge Enterprise tem caráter simbólico, reconhecido internacionalmente e não envolve remuneração de qualquer espécie aos premiados. A premiação culmina em uma homenagem aos escolhidos, com entrega do prêmio à melhor empresa brasileira ou multinacional situada em solo brasileiro (que concorrerá com outros paises ao Prêmio MAKE Leaders, como melhor empresa do mundo - o ganhador de 2005 foi o Banco Mundial, em 2006, a Toyota pela segunda vez, em 2007 a Indiana Wipro e em 2008 a consultoria Mckinsey). O MAKE Award Brasil será entregue durante uma cerimônia realizada em São Paulo, paralelamente ao evento GMC 2009 – Global MAKE Conference, que abrangerá ainda, com menção honrosa, as melhores iniciativas nacionais em cada um dos oito critérios.

http://www.premiomake.com.br/

Gestão do Conhecimento e o Sistema Ecológico

“Quando a organização é entendida como um sistema ecológico, torna-se possível manter uma posição "e/e" em vez de uma "ou/ou" a respeito da gestão do conhecimento. A tecnologia da informação modifica o comportamento humano ao mesmo tempo em que esta a modifica. Os fracassos fertilizam o sucesso. A confiança e a mensuração contribuem para o sucesso do sistema. Cada uma predominando em momentos diferentes. A racionalidade e os atos de fé não são opções mutuamente exclusivas. Através das lentes do conhecimento sobre uma admirável organização, veremos o antropólogo social dar as mãos ao analista de aplicações de software.” (BUKOWITZ e WILLIAMS, 2002, p.372)